quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vida louca, vida imensa.

Já que eu não posso te levar, quero que você me leve.


Leve.


Leve...




Por Moara Brasil




Estou dentro de um túnel, e não enxergo o fim. É difícil, dói na alma. Mas a minha única força para seguir esse caminho é acreditar em algo que é abstrato, que não existe, que é fruto das minhas esperanças.


Será algo esquizofrênico? Será apenas uma imaginação louca de que um dia poderei sorrir para as paredes sem me preocupar com as rachaduras?Não sei, às vezes o chão me puxa com tanta força que eu chego a me bater e ficar cheia de hematomas.


É uma inconstante, às vezes estou em êxtase, às vezes estou na lama. É bipolar, dá medo. Estou vulnerável até com o vento da garoa.


Penso que doer faz parte, é mais uma daquelas crises que qualquer ser humano tem que passar para conseguir se entender um dia.


Quero ficar desnuda, saciar minha libido toda vez que chega o fim de semana. Para estranhos? Para aqueles que não me conhecem, que não sabem quando eu entro em êxtase com o toque naquele lugar que poucos, bem poucos, conhecem. Só quem sabe da minha intimidade entende. Dá abuso, dá preguiça conhecer os outros e ter que se apresentar com respostas de questionário. Não quero isso, prefiro caminhar só. E acho que o melhor ainda é tentar viver só por um tempo, conviver consigo mesmo.


Preciso de doses de felicidades, preciso de doses de alegria. Agora só tenho doses de melancolia, mas eu resisto. Quando sinto que meu corpo está caindo, que meu coração aperta e que tenho aquelas sensações femininas com doses intuitivas. Dá um desespero.


Não quero chorar, não quero isso para mim. Chorar sempre cansa. Se amar de menos destrói, mata.


Eu choro para não gritar, para não bater na parede, para não ficar repetindo para mim mesma que eu posso estar errada, que eu posso ter me enganado com essas decisões de adulta. Futuros opostos, amores com direções contrárias.


O pior de tudo é o ócio, esse sim é droga para o vazio se explodir e sair voando. Cabeça ocupada é o que procuro. Cabeça com outros problemas, problemas dos outros. Os meus, pouco importa.


Posso estar me alienando, pode ser uma fuga, válvula de escape. Fico o dia inteiro não pensando em mim, e sim tentando crescer para os outros serem maiores, mas quando chega à noite, ela me carrega, eu flutuo na almofada... E as lágrimas inundam meus lençóis. Preciso viver, preciso de histórias. Preciso de sexo com intimidades e brincadeiras de casal. Preciso sorrir de novo. Eu vou conseguir.









2 comentários:

Leila disse...

Minha amiga, teu texto é muito do que eu sinto agora.
Sem muito o que dizer, saiba que eu torço e acredito muito em ti.
A vida como sempre, nos testando...

Beijos.

3 de abril de 2009 às 22:54
Mayanne Ladislau disse...

Moara..
adorei!!
parabéns!!

11 de novembro de 2009 às 17:38

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