segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Nem todo o natal é o mesmo natal.

Por Moara Brasil

Esse ano foi o natal mais atípico de todos os meus tempos, primeiro que não fui à casa da vovó como sempre, rever os familiares e participar das fofocas e queixas da minha família Brasil.
Mamãe resolveu fazer uma cirurgia plástica no nariz em plena véspera de Natal e ano novo. E claro, como eu sou a única mulher da casa, os serviços domésticos sobraram pra mim, em dose dupla, porque geralmente eu apenas ajudo a mamãe. Estamos sem empregada, ai... Já viu né! E faz sopinha, bananada, comidinhas pra minha mãe. Faço com todo o amor do mundo, ela até me disse que vai inventar uma doença para não sair mais da cama. Bem, voltando ao Natal, meu pai comprou um Peru. Ainda bem que peru já vem temperado, senão seria mais um trabalho. Odeio fazer farofa, e diz que foi umas das melhores farofas que já fiz. Arroz com cenourinhas, preparei a ceia como todo o mundo prepara normalmente, com a ajuda da cunhada e seus doces e a ajuda de meu paizinho. Tudo bem que meu pai exagerou na dose de azeite e trigo no molho do Peru, mas o que valeu foi a intenção.

Eu odeio Natal, vou ser sincera, passar com a minha mãe foi interessante, não fiquei do lado daquelas gritarias de família tagarela.
Mas claro, com a minha alma boêmia, tive que dar aquela saidinha tradicional, dessa vez para um lugar mais atípico de todos os tempos. Fui para o Pará Club, lotadéeesimo e com todas as bandas do mundo! No mínimo foi engraçado, o que vi de figuras por lá não teve comparação a nenhuma outra festa,tinham mulheres com vestidos curtesimos, musculosos bêbados exibindo seu fisico, homens gó fritando* qualquer saia. Nunca a minha tatuagem foi tão elogiada, com exceção de um menino cujo vulgo é "o merda" que me perguntou se a minha tatuagem era um bumerangue. Nunca, na minha vida, estar de salto altos, sainha e regata foi tão sucesso. Primeiro que cheguei um pouco tarde lá, era umas três e meia da madrugada, todo mundo já estava cambaleando. Vi neguinho se jogar na piscina, de samba canção, homens lindos e o melhor de tudo... Aquele homem. Sim, o que eu não vejo há anos, o cara da minha vida. Mas o que ele estaria fazendo lá?Eu acho que ele se perguntou o mesmo, minhas pernas tremeram, olhei-o e bestamente virei o rosto e continuei conversando no meu celular.
Voltei com as amigas, e nunca vi os homens tão serelepe pro meu lado. Até fiquei sem graça, pois o namorado de uma das minhas amigas estava me elogiando demais, minha tatoo, meus cabelos, meu nome, etc.
Mas não teve jeito, até sete horas da manhã, depois de ter aprendido todos os passinhos de pagode, axé, etc., ele não saia da minha cabeça. Por onde ele anda?Será que ainda está namorando com aquela menina de medicina?Será que ele vai embora d país?Será que ainda continua o professor de espanhol, ou será que ainda dança aqueles chorinhos como ninguém?Eu sinto saudades, um dia ainda vou casar com esse homem.

Go fritando= ato de paquerar alguém.

4 comentários:

Daniel Moura disse...

Fala, que bom encontrar gente da minha cidade aqui na "Blogsfera"...
stamos carentes de escritores paraenses aqui na net...

heheheh

Abraços e seu blog é muito bom... adorei o Titulo... um tanto quanto Peculiar... hehehehehe

BJS....

26 de dezembro de 2006 às 03:19
Blue Boy and the Gray World disse...

Égua, gó fritando vai definitivamente entrar pro meu vocabulário ^^ Feliz Natal moça :******
Caio é Caio fernando Abreu

26 de dezembro de 2006 às 04:21
Belém, centro disse...

hehehehe que homem é esse gata??? :P que bom o meu natal foi dormindo! nem sai. ainda me curando da ressaca de sexta :P dia 28 é meu niver bora se encontrar! bjão!! saudade

26 de dezembro de 2006 às 08:31
lora disse...

A parte do bumerangue foi a melhor, tu conaste p ele que é um ventilador?
E rapah, esse cara ai dos teus sonhos, depois de ter e visto, deve ter ido à locadora alugar "legalmente loira" 2,3 e 4. Não?

30 de dezembro de 2006 às 06:36

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