quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

25 de dezembro

“You should be stronger than me” toca agora e eu só posso me sentir tão deprimida quanto a Amy ou achar que no fundo eu sei o que ela sentiu. A gente tem esse lance de se identificar com as celebridades quando elas estão no lixo ou quando são o próprio lixo, como eu agora.
É noite de natal, são 2:46 h da manhã e metade da população da cidade está dentro de algum antro tentando perverter-se mais um pouco nesse ano e eu não. Eu preferi um tarja preta, filme água com açúcar e esperança. Esperei dar 2:30 h para poder te abraçar e sentir o teu perfume forte e respirar fundo, aspirá-lo todo para dentro em cinco segundos e guardá-lo, para poder sentar nessa cadeira e escrever o que nunca vais ler porque nada do que quero dizer-te interessa. Nem a mim, nem a ti. A gente já não se interessa mais. É por isso que te desejo um feliz natal assim, meio como se dissesse “olha, vai chover”. É para dar um ar casualidade a dor. Fica tão blasé.
Uma coisa ninguém pode negar. Você finge que não me odeia direitinho e eu finjo que não te amo a ponto de quase me convencer.
Até o nosso próximo fim, no próximo natal.
11121

2 comentários:

douglas D. disse...

madrugada e chuva
são duas e quarenta e oito
25 ficou pra trás
mesmo que ainda comigo
tiquetaqueando saudade
ritmando essa ausência
que não sabe partir

25 de dezembro de 2008 às 21:50
carolinabarata disse...

que fofo!
Mais parece uma continuação...
Curti

:)

26 de dezembro de 2008 às 20:48

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