sábado, 26 de janeiro de 2008

BBB: Big Brother on the Beach

reality-show1.jpg

Por Carol Barata

Eu tenho dentre as minhas fantasias sexuais transar um dia na praia. É, bem no estilo daquele filme “Lagoa Azul”: eu, o carinha, o luar e a praia paradisíaca. Parece sonho, né? Pois agora, na praia de Jacaraípe (ES), só em sonho mesmo e ainda assim correndo o risco de acordar ao som de “Sorria, você está sendo filmado”.

Quando ouvi essa notícia na tv quase tive um surto. O que é isso já, Iemanjá? Instalaram câmeras no perímetro urbano que compreende também a orla da praia e ainda ALTO FALANTES. Isso, no plural. DOIS ALTO FALANTES que advertem os pedestres e motoristas de suas “barberagens” no trânsito.

Imaginei-me andando a caminho da praia e distraidamente, atravessando a rua fora da faixa e escutando: “- Senhora pedestre, por favor, para sua segurança, atravesse na faixa”. Eu ia surtar na hora. Ia sair correndo dali gritando que eu já sabia que a Teoria da Conspiração existe e que “eles” (?) estão vindo me pegar. Minha família ia ter que internar, eu ficaria viciada em remédios controlados e só teria direito a visitas monitoradas no sanatório. Todo esse caos porque eu decidi ir à praia.

No meio da reportagem, aparecia o carinha que toma conta do sistema de monitoramento, numa sala climatizada e cheio de telas em sua frente dando um super zoom na câmera super sônica e flagrando um surfista na praia. Aí, já calculei (na minha mente doentia, claro) outra situação: no more top less, no more “fio dental” para as garotas. Quer dizer, nada de um bronzeado mais abrangente e uniforme para as mais pudicas, porém tem gente que vai ficar fazendo pose de fatal mesmo sem ninguém para paquerar na praia. Os voyeurs...

Imaginei todos os cidadãos da cidade vivendo no mundo daquele filme com Tom Cruise, o Minority Repórter. Como, Iemanjá, uma praia muda da sessão de romance para ficção científica? E ainda com locutor. Não, não absorvo isso.

Acho que a tecnologia atingiu seu ápice de absurdo dessa vez. Como se não bastasse os reality shows televisionados em horário nobre, qualquer cidadão agora também pode virar personagem de reality show e pior: para um bando de marmanjo do departamento de segurança do Estado, sem nem direito a cachê, chuva de prata ao final do programa, convite para posar na “Playboy” ou participação especial no “Domingão do Faustão

3 comentários:

moara disse...

é, parece que a tendencia é que o mundo vire um verdadeiro reality show.
Filmes visionários como 1984, o show de truman, etc...já mostram um futuro que o mais interessante mesmo é manipular a vida das pessoas, os passos, o futuro.
Eu sinceramente tenho medo do mundo daqui a uns anos.

bj

26 de janeiro de 2008 às 19:22
Sofia da Bunda Branca disse...

Amigas...
Devemos levar em conta o fato de que a galera do estado e seus amigos pedreiros, borracheiros e os rapazes da construção civil são parte de um nicho raro no mercado: os apreciadores incondicionais de pererecas. façamos a alegria da rapazeada, que segue em frente e segura o rojão...(saudades da portelinha)...Amei o texto, amo vocês(ahhh...amor sem fimmm...)

28 de janeiro de 2008 às 14:48
ALFREDO disse...

Se ao menos passasse na televisão!!
iahiahiaha
bjks!

29 de janeiro de 2008 às 12:42

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