sexta-feira, 6 de junho de 2008

A merda da minha impureza.

Por Lora Cirino

Eu sei que tu nunca vai ler isso, nem mesmo saber que existe, mas de alguma forma preciso te falar que te amo e tenho um orgulho absurdo de ti. Se nós não damos certo, paciência! Não somos as primeiras nem seremos as últimas.
Feliz ou infelizmente, eu virei tudo que tu não foste e isso acaba nos afastando, paralelo a isso eu sou o cúmulo da ‘tolerância zero’, da ironia e do orgulho e tu és dramática, o que me irrita profundamente, eu sou prática e ponto.
Além disso eu não sou uma pessoa boa de se comprar briga, porque se tem uma coisa que eu sei fazer bem, é ofender e não me orgulho desse “dom”, nadinha.
Mas o que tu precisas saber é que eu te amo que se eu tenho força nessa vida é pelo teu exemplo, se eu sou vendedora nata e trabalhadora absurda é por tua causa, pelo teu exemplo, pelo que és. Tu és o maior exemplo de luta e vitória que eu tenho, não “tem pra botar”, se hoje eu e ele somos tão unidos, mesmo tão diferentes, é porque tu eras sacoleira, e nós ficávamos na repartição juntos, almoçávamos juntos, éramos amigos. Se eu sou próxima de Deus, mesmo tendo estudado - e com isso aprendido a pensar e duvidar de tudo, de todos, de dogmas e “verdades absolutas” -, gostando de farra e tudo que me afastaria dele, é por causa de ti, pelo que me mostrastes, pelo que és. Tu és linda, és legal, todo mundo te ama. Só preciso te dizer que apesar de todas as merdas que a gente se fala e se faz, eu te amo. Te amo muito, me orgulho muito.
Quero te pedir desculpa por tudo que sou, que faço, que te machuco, mesmo sabendo que eu sou um dos grandes orgulhos da tua vida e que hoje os papéis se inverteram, só que eu ainda não consegui, com todo o meu egoísmo, a me acostumar com isso. Porque eu sou assim, sou ruim! E é difícil, como é difícil.
Por favor, não esquece por merda nenhuma que saia da minha boca que eu te amo, que eu te amo pra caralho , que tu és a minha menina e a minha mãe.

2 comentários:

moara disse...

eu fiquei emocionada.
Que lindo texto. Relações de mãe e filho, sempre são um desafio. Alguém tem que ceder e lidar com a tolerância.

Um beijoo

+))

7 de junho de 2008 às 15:58
Carol Barata disse...

Assim que comecei a ler, eu sabia que estavas falando para Iaiá.

Otinananan (L)

saudades de ti, poxa.

10 de junho de 2008 às 05:45

Postar um comentário

 

©2009ohvarios | by TNB