segunda-feira, 21 de julho de 2008

Daniela, uma fortaleza.


Por Moara Brasil


Parece que só agora, apenas nesse exato momento, é que Daniela conseguiu entender todas as grandes mudanças que aconteceram na vida dela. As escolhas mais loucas que fizeram o seu destino ser assim. E ela começou a acreditar na vida, e não questiona mais as mudanças bruscas do destino, nem a dor na hora mais difícil. O vento passa e ela analisa o que ele transforma. Se hoje ela tem poucas manchas na pele, é porque ela escolheu passar protetor solar nos dias mais quentes. Se o cabelo dela está ressecado, é porque tintura no cabelo realmente prejudica.


Inúmeros homens passaram na vida de Daniela, mas ela conta nos dedos aqueles que ela escolheu para viver a paranóia da paixão. E os poucos que Daniela se apaixonou, todos a machucaram de tal maneira que refletiram no que ela é hoje em dia. Mulher desconfiada, na maioria das vezes, muito calada, e quase sem coração. Ela defende que a maioria dos homens não merece a beleza do amor de uma mulher, e veste essa camisa como uma proteção feminista. “Meu coração eu só dedico um pedacinho para os homens”.


Sim. A maioria não merece nem 1/4 da paixão de um coração feminino. E é por isso que os homens sentem tantas dificuldades de lidar com esses tipos de mulheres: as mulheres bem resolvidas. Assim ela acredita.


Daniela tornou-se forte. E a fortaleza dela não significa que tinha virado uma filha da puta, mas sim uma mulher livre e desencanada. Ela tem vários homens, mas nenhum homem a possui por inteiro. Quem sabe um dia alguém mereça todo o amor guardado nesse coração fechado...


Daniela aprendeu a se proteger dos vícios e cuidar de si mesmo. Lembrava o quanto não era bom acordar em quartos estranhos, e ter uma saúde difícil com aqueles cigarros, cheiro de álcool e amor desprotegido. Ela já tinha feito muita coisa errada...


Mas agora Daniela enxergava tudo melhor, tudo uma beleza. Desencantou-se com alguns conceitos de sentimentos, pegou a mochila, penteou o cabelo, pintou de loiro e seguiu seu rumo.


A felicidade já estava dentro dela, e ela resolveu trabalhar nisso. A vida começava a ter mais cores e a trilha sonora que ela tanto sonhara. Cada escolha tinha um sabor que Daniela apelidava. Se vestisse uma saia, ela ia ter sabor de menta, se escolhesse aquele bar, ele ia ter sabor de uvas.


Ela era uma fortaleza. E Daniela foi andando sem medo, com apenas um objetivo: de levar a felicidade ao mundo.


 



"Que beleza é saber seu nome
sua origem, seu passado e seu futuro.
Que beleza conhecer o desencanto
e ver tudo bem mais claro no escuro"

 (Tim maia)




 

1 comentários:

Anna Carla disse...

Sabe que eu ando me sentindo meio Daniela?! Quer dizer, todas nós, né?! Obrigado Deus por isso.

Dorei, índia doida. =*

24 de julho de 2008 às 09:31

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