quarta-feira, 7 de maio de 2008

A mulher que não prestava – Parte I

Por Anna Carla Ribeiro

Geni não prestava. De jeito nenhum, maneira alguma, puta, ploc, vagabunda. Teve alguns longos namoros durante a vida. Entregou-se a todos. Doou casa, comida, dinheiro, preocupação, afeto, e por fim, ela mesma, e todas as suas qualidades. Mas ela nunca teve nada de bom, porque não prestava. Se os traiu? Não, foi o contrário, ganhou variadas espécies de palmeiras na cabeça. Mas ela merecia. Era muito doida, imagine só! Tinha dois empregos, sete freelas, uma pós, uma avó doente e ainda customizava umas roupinhas nas horas vagas. Inventava a desculpa esfarrapada de estar sobrecarregada para sair com seu grupo de amigos que igualmente não prestavam, falar besteiras, beber cerveja, dançar freneticamente e soltar umas gargalhadas. Vivia na rua, a sem vergonha!

É bem verdade que Geni não fazia mal a ninguém. Nunca enganou ou faltou o seu dever com qualquer coisa que fosse. Mas ela era metida a moderninha demais, quando ficava solteira achava que não devia nada a ninguém, era cheia de idéias próprias. Diz que era personalidade esse papo de seguir as suas vontades e o seu coração. Papo furado! Dá pra confiar em alguém assim? Que faz o que dá na telha? Que não liga pro que os outros falam? Que é capaz de mandar toda uma sociedade à merda só porque acredita fielmente nos seus ideais?! O que são as ideologias de uma pobre Geni perto de uma vasta sociedade?! Nada, veja bem. Não presta, essa guria.

Algumas vezes se apaixonou. Quando estava assim fingia virar santa, santa de merda! Deixava tudo o que estava fazendo para ver o ser amado. Parava de olhar pros lados, provavelmente pra fazer aquela capa, tenho certeza. E quando sofria uma desilusão, já que como ela não prestava, não era levada a sério, chorava baixinho, levantava a cabeça e engolia tantas falsas considerações. Calava a boca e ia embora, sem julgar, encher o saco ou sequer olhar pra trás. Dá pra confiar em mulher que não sabe olhar pra trás?! Não, não, mil vezes não!

5 comentários:

lora disse...

Não. Jamais confie em mulheres assim. Elas não prestam, não valem nada!
Bom mesmo é a Amélia (L)

heuheuheuee

;)

"Dorando si teixtoo"

7 de maio de 2008 às 07:48
Carol Barata disse...

hahahaha

Tá demais, mesmo.

Joga pedra na Geni porque, como disse a Lora, Amélia é que era mulher de verdade.

Eu, por sinal, nunca, jamais, confiaria numa figura dessa estirpe. E pior, temeria por vincular minha imagem a dela... que barra uma mulher independente, né? afff... onde já se viu uma coisa dessas em pleno século XXI. Eu mesma nunca vi. Nem quero ver. Cruz credo...

HAuHAuhahuuaua

Ansiosa pela II parte já.... ;)

7 de maio de 2008 às 10:44
Vivi disse...

Eu não confio e não convivo com esse tipo de mulher...
Mulher pra mim, é aquela que abaixa a cabeça pro patrão, pro namorado e lógico pra sociedade, aquela que morre de vontade de andar de mini saia, tomar um porre subir na mesa, mandar esse idiota ao lado dela calar a boca, mas claro, nunca faria nenhuma dessas vergonhas... tsc tsc... Geni's não prestam, por isso se encontrarem, joguem pedras na Geni's!

7 de maio de 2008 às 11:46
Lucas disse...

Pô, pessoal, as Geni´s estão na moda! hehe

Foda é quando o cara procura alguém do tipo Geni, e quando consegue achar, quer moldar a "piquena", para que ela permaneça com a capa de Geni, mas que transforme o comportamento do do tipo Amélia.

Mais foda é quando o caboco procura uma Amélia, consegue achar a Amélia que ele tanto procurou, mas coitada, ela mal e porcamente consegue ser e preencher o "conteúdo Amélia". Puta merda...

Mais foda do que o mais foda é quando o camarada procura a Amélia, acha a Amélia, mas quando as coisas vão se encaminhando, ela se rebela e resolve que quer virar Geni, hahaha. Aí é cagada na certa, huahuahuhua...

Como diz um amigo meu: "tá escroto, tá escrooooto".

Pai d'égua, Anna !!! Que venha a parte II.
Toma-te!

Beijo.

7 de maio de 2008 às 12:27
moara disse...

é por isso que eu só gosto de Amélio!

7 de maio de 2008 às 13:19

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