quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Assim caminha a propaganda.

Por Moara Brasil

É, parece que o retrô em qualquer coisa sempre é um pouco mais interessante, mesmo para aqueles que são filhos da década de 80, como eu, nostalgia é algo bom, e na publicidade, nada melhor do que buscar aquilo que nos faz entender o que nos tornamos hoje. Mas esse retorno ao estilo artístico ingênuo primitivo é uma tendência mundial, parece que dá conforto as nossas sensações. Ou é mais humano, ou sei lá, eu gosto. E quem não gosta de uma campanha bem emotiva, ainda mais feita com animação? Afinal, nesses tempos de valorização da imagem e sociedade do espetáculo, parece que muitas propagandas distanciaram-se da realidade terrena, e muitas vezes acabam ficando como algo realmente inalcançavel. Muitos comerciais da década de 50 e 60 eram desenhos animados, no Brasil podemos observar com o comercial das Casas pernambucanas, veiculadas nas extintas TV tupi, Excelsior e Paulista e o comercial dos Cobertores Parahyba, o quanto eram fofinhos e próximos da realidade das famílias brasileiras.
"Não adianta bater eu não deixo você entrar, as casas pernambucanas é que vão aquecer o meu lar...", um jingle que pegou e ficou na época, e a cena da mãe colocando as crianças pra dormir, na propaganda dos cobertores Parayba, ajudavam as mães a colocar os filhos na cama cedo: "Está na hora de dormir, não espere a mamãe mandar...". Como naquela época a qualidade da produção era ruim, o desafio para os publicitários era bem maior. Eles tinham que ter a boa idéia, a sacada, o conteúdo que tornava as propagandas mais atraentes. O que nos dias de hoje, muitas propagandas ganham na produção mas pecam ou são quase vazias de conteúdo.







A revista britânica The First Post escolheu os melhores do ano, na categoria comerciais de animação,de todos eu gostei do “The End of lines” da Olay, a minha predileta. Simples, emocionante e criativo. Uma boa animação para quem gosta de comerciais que realmente são envolventes.





• Title: The End Of Lines
• Brands: London International Awards
• Awards: London Awards 2007 TV Animation-Cel Silver
Agency: Saatchi & Saatchi, New York
Creatives: Jan Jacobs, Leo Premutico
Agency Producer: Peter Ostella
Production: Slinky Pictures, London
Director: Suzanne Deakin
Producer: Maria Manton
Animator: Martin Oliver, Suzanne Deakin
Sound Engineer: Ryan Fitch

2 comentários:

lora disse...

Ah, pra mim as preferidas também são as próximas a realidade, fofinhas (até pq sempre tive tendencia a gostar do estilo infantil/retrô em tudo). Adoro principalmente estes textos que parecem que foram feitos 'lá em casa', que emocionam de verdade. (apesar de saber que é tudo venda, sei que os outros acreditam, hueheu). Enfim, somos um pouco mágicos para as pessoas, temos que fazer as coisas parecerem de casa. Uma galera esquece isso.

Enfim, filosofei barato agora

:D

14 de fevereiro de 2008 às 13:19
Carol Barata disse...

Ah, nos conquista simplesmente pelo apelo emocional, mas não acho que hoje em dia essa postura ainda "cole" com os consumidores. Por trás da idéia "fofinha", está uma produção milhonária, uma agência milhonária, um texto que deve ter levado a criação a loucura... Enfim, acho que da feita que tomei conhecimento de como a coisa funcionava, perdi o encanto pelas melodias tocantes dos jingles e a pseudo-simplicidade de alguns comerciais.

15 de fevereiro de 2008 às 05:21

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