terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Da sua primeira garota

(arquivo)Texto escrito em 08/02/07
Por Carol Barata

A nossa amizade começou a passos de formiga. Devagar e leve. Um conhecendo o outro e se descobrindo em fases distintas.

E essas fases diferentes, por seus mais variados motivos, tiveram uma união. Tiveram uma compreensão que ninguém entende. E sabe por que não entendem? Porque eramos pessoas que na opinião dos outros não tinham nada a oferecer um ao outro. Mais nós dois sabíamos que ali tinha uma comunicação que era fora do comum.

Era fora do comum pelo jeito intenso de ambos. Era fora do comum porque a distância física não separava, fui e sempre serei a sua primeira garota. Aquela menina magrela que estava na fase de suas descobertas de adulta e caminhava na Avenida 16 de novembro. E caminhavas comigo. Sem medo, sem rumo, sem pudor. Ah, o pudor... O que nos uniu talvez seja a ausência dele. Não o pudor que as pessoa insistem em atribuir a relação entre homem e mulher. Mas o pudor de anseios. O não ter pudor de dizer o que pensa. O não ter pudor de sentir o que sente. O não ter pudor de viver, amar e sonhar. Sonhar sempre. E mais do que sempre – se é que na língua portuguesa existe uma palavra mais intensa e infinita do que sempre – o sempre saber que estaríamos ali um para o outro. Te amo como nunca amei um amigo. Amo-te da forma mais pura que alguém possa amar.

Aquele amor de não ter infinito de querer bem. Amo tua essência. Amo tua personalidade e se é ainda é preciso dizer depois de tudo isso, amo você.

Essa amizade me conforta. Faz-me sentir profundamente um porto seguro no que temo, no que desejamos um ao outro.

Como já disse, és amigo com letra maiúscula.

1 comentários:

moara disse...

ahh como escreve tão bem minha amiga.

te amo.

12 de fevereiro de 2008 às 09:44

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