quarta-feira, 2 de abril de 2008

Não!

Por Lora Cirino

Eu, mais do que muita gente, sei o que é saudade, sei o que é ter as pessoas espalhadas por aí. Dor de falta de presença física dói esquisito, dói lá dentro, dá angústia, aperto.
Então eu te digo que, quando for a sua vez eu nem sei, o mundo vai virar de ponta cabeça e nós vamos continuar cantando que "quem tá na chuva é pra se molhar...", minha mãe vai continuar obrigando a gente a almoçar separado pra comida não esfriar, tu vais continuar implicando com meu cigarro e minha cerveja, e dizendo que só vai comprar refri ou frango assado se eu for junto, na cozinha eu vou continuar sendo a Ofélia e tu a Neiva, no dia que precisar ficaremos sentadinhos em alguma repartição para que minha mãe possa vender jóias, vais permanecer dando "tapa de colher" na minha testa, em todas as páscoas e carnavais vais tentar me convencer a ir pro retiro contigo, e, é claro, me expulsarás do computador usando teu dom para o "mau" e tocarás instrumentos irritantes de sopro no meu ouvido e eternamente, tentarei fazer com que tu sejas fashion, e eternamente, mesmo tu não sendo, vou deixar que tu escolhas se a minha roupa está adequada ou não e eu a tua.

O melhor músico-irmão que eu poderia escolher, ganhei de presente dos meus pais.
É ele, o mais importante. O Henrique que dará seu nome ao seu afilhado, meu primeiro filho (no dia que vier).

1 comentários:

Carol Barata disse...

tmb tô com saudades do meu irmão, cara...
Tem muuuito tempo que não o vejo... desde que ele se mudou de Belém e agora eu aqui, também nem sei quando vou vê-lo.

:S

sinto falta das brigas pequenas e das grandes cumplicidades. Tem uma parte daquele texto do Pedro Bial que diz que devemos cuidar bem de nossos irmãos porque eles são o nhosso melhor elo com a nossa história. Nunca esqueci disso porque é a mais pura verdade a meu ver. É engraçado pensar assim, que ele é um elo direto com tudo que foi minha vida e pensar logo em seguida que somos totalmente diferentes um do outro e que, mesmo assim, temos uma história toda de vida em comum.

saudade dói, absurdamente.
e quando sinto essa dor é quando me sinto mais só, muito só porque parece que ela é só minha, que só eu sinto saudade no mundo, que só eu sei o que é isso.... odeio meus sentimentos egoístas. eles me deixam amis só ainda.

=o**

2 de abril de 2008 às 13:07

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