sexta-feira, 25 de abril de 2008

Querido,

Lembro quanto esperei por ti. Tuas premissas de mudanças profundas, marcantes. As melhorias que promoverias em mim a partir da tua chegada. Sonhei ser bela, me sentir mais mulher, única. Virias pra deixar as melenas mais macias, minha pele como a de uma mocinha dos filmes de amor. Estive a espera do meu par perfeito, serias a concretização das minhas fantasias ocultas. Inconfessáveis, tão esperadas. Pra te ter comigo, enfrentei os horrores da disputa desenfreada. Duelei com outras com as quais a natureza deixou de ser generosa. Estavas ali...à vista, com aquela cara sorrindo pra mim. Sarcástica, traidora. A mentira é alva como o teu lindo sorriso. Por isso enganas tantas. Te abres pra qualquer uma, maldito.Enfeitas onde já há beleza, de resto depões contra elas. As feias.Que te sustentam, te mantém exposto, ali, em meio a tantos outros como tu, depois no meu banheiro e no de tantas outras que acreditam nas tuas promessas de juventude eterna.
Mereces o ralo, sabonete infeliz.

Sofia.

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